Superstições atingem uma a cada cinco pessoas

Bruna Fontes

Ver um gato preto ao passar debaixo de uma escada, em uma sexta-feira 13, pode ser assustador para uma parcela significativa da população. É o que aponta a Associated Press, agência norte-americana de notícias que realizou a pesquisa pré-Halloween, onde uma em cada cinco pessoas afirmam ser supersticiosa de alguma forma.

As superstições – criadas pelo povo e passadas de geração em geração – são uma espécie de crendice popular que não possui explicação científica e, portanto, não são embasadas na experimentação. Entretanto, devido à repetição e força com que se acredita em determinada sabedoria popular, o processo de indução acaba por explicar e generalizar os fatos. Acredita-se tanto que, mesmo desconhecendo as causa e efeitos de determinados fenômenos científicos, atribuem-se explicações irracionais e, consequentemente, acumulam conhecimento equivocado, caindo no senso comum e se consolidando entre a população.

Por vezes, as superstições podem atrapalhar a vida das pessoas. Para quem acredita fielmente que o dia treze pode atrair energias negativas, a verossimilhança do fato pode prejudicar as atividades cotidianas, por exemplo.

(Imagem do site Resumo Virtual)

Segundo a crença, é possível saber se alguém falar de bem ou mal de você.

Estão falando mal de mim?

“Você nunca ouviu isso? Tem que morder o colarinho da camisa!”, diz aluna Rosi Silveira, 19, estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A solução milagrosa diz respeito à crendice popular de que se a orelha está avermelhada ou com sensação de queimação é porque alguém está falando da pessoa, bem ou mal. Ao morder o tecido, as pensamentos ruins destinados à pessoa, teoricamente, retornariam a quem pensou.

O mito, que possui várias versões (se for a orelha direita, estão falando bem, se for a esquerda estão falando mal, por exemplo), é um acontecimento natural e inerente ao ser humano. A dermatologista, Sueli Coelho, médica, subchefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Clementino Fraga, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que a vermelhidão nas orelhas é comum e ocorre por causa de uma dilatação natural dos vasos sanguíneos, permitindo a maior passagem de sangue – daí a cor avermelhada e a sensação de “calor”.

Fonte: Terra.

Etiquetado , ,

Deixe um comentário